O Passeio dos Fenícios transformou-se numa “zona de coexistência”, permitindo, supostamente, a sã convivência entre automóveis, peões e bicicletas, sem necessidade de segregação dos espaços de uns e outros. O arruamento será um dos três onde a JFPN pretende implementar este conceito e teve um custo de 8 mil euros com a pintura de jogos infantis no chão e a colocação de 4 suportes para estacionamento de bicicletas.
A ACIPN considera que este tipo de infraestrutura não traz qualquer mais-valia aos moradores, nem justifica o investimento realizado, para mais quando nos confrontamos com outras questões bem mais importantes e prioritárias. Não faz qualquer sentido e é perigoso deixar crianças a brincar no meio da rua, entre automóveis em andamento, quando a poucos metros existem jardins e espaços adequados para o efeito.
Também a decoração com trabalhos em renda nas árvores e postes, é no mínimo infeliz e descaracteriza completamente o local. Acresce que a colocação destas rendas horizontalmente a menos de 2 metros de altura, constitui um perigo para qualquer pessoa distraída ou para cegos/amblíopes que, mesmo munidos das suas bengalas, não poderão detetar o obstáculo e desviar-se do mesmo. E tudo indica que ninguém pensou no que será destes trabalhos feitos seguramente com muita dedicação pelos utentes do Centro de Dia da Quinta das Laranjeiras, assim que vier a chuva e o tempo invernoso. Salvam-se as floreiras, estas com flores, contrastando com todas as outras que vamos vendo no Parque das Nações.